O que tem Santa Maria a perder?
Elenquemos tudo quanto se situa no interior de um suposto perímetro de segurança de dois quilómetros e que por isso a ilha teria de prescindir para “oferecer” em sacrifício no altar do inefável porto espacial:
- Um dos mais importantes e bem preservados conjuntos de casa rurais marienses (cerca de sessenta delas habitadas em permanência; mais de cento e vinte pessoas).
- O belíssimo monumento geológico (classificado e integrado no Geopark de Santa Maria) da ribeira de Maloás.
- Um importante segmento de trilho pedestre incluído na Grande Rota de Santa Maria.
- Cinco notáveis jazidas fósseis que fazem parte da Rota dos Fósseis e são peça fundamental do paleopark de Santa Maria, recentemente criado (o primeiro do mundo numa ilha);
- Todas as atividades ao longo de 4 km de costa (mergulho, pesca, passeios de barco);
- Um sem número de boas terras de pasto.
A Ilha tem ainda bem presente outros resquícios de projetos promissores. O caso de LORAN é, em Santa Maria, a marca indelével de como uma atividade que cessou – militar neste caso – deixou um vasto rasto de ruínas contando já com décadas de abandono. Se quisermos um exemplo de impacto superior, igualmente na Região Autónoma dos Açores, temos a Base das Lajes, problema de difícil resolução para o Governo Regional dos Açores, tanto em termos do impacto económico negativo resultante do processo de encerramento, bem como dos custos ambientais que daí advêm, e que incluem a descontaminação dos solos e o destino a dar às estruturas que foram construídas no território.
Adenda
Com o início do site Santa Espaço Maria em Novembro de 2018, este documento deixou de ser actualizado.
Para obter seguimento na cronologia, consultar o arquivo de publicações de Novembro de 2018